quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Garotas Certas


Eu nunca fui do tipo de menina que se calasse em público, jamais, ninguém zombou de mim sem ser penalizado de alguma forma. Nunca fui meiga também, não gostava de brincar de bonecas, muito menos de casinha...Meu negócio sempre foi subir em árvore, andar de carrinho de rolimã, bater em meninos. Tinha dentro de mim a certeza que eu era melhor em tudo e melhor que todos. Bastava alguém dizer que sabia algo que eu provava por A + B que eu era melhor, e eu realmente era...A minha certeza de mim me fazia ser.
Meu primeiro nome era autoconfiança, o segundo orgulho e por ultimo Carol, rs.
Eu olho pro que eu era e me vejo tão inteligente, tão esperta, tão viva...
Pra ser feliz me bastava ter meus pais e mais nada, eu não importava com mais ninguém...Uma boa tarde de verão jogando queimada na rua, os pés descalços e imundos, bem como as roupas, eram minha alegria. Sem contar meus melhores amigos...Os cachorros e gatos de rua que por duas vezes me passaram sarna, rs, isso n mudou, continuo amando os animais, de rua, de casa, qualquer um...Rs.
Mas daí com o tempo eu fui crescendo, e com o passar do tempo eu ganhava maturidade e perdia autoconfiança, eu ganhava experiência e perdia orgulho, pouco apouco só sobrou a Carol...Rs.
Eu fui vivendo e permitindo que pessoas ao longo do meu caminho pegassem carona nas minhas costas, sem perceber eu permiti que todas elas tirassem as minhas forças de progredir...Mas pouco a pouco eu fui me livrando destes pesos, mas passei a ter o triste sentimento que todos eles eram melhores que eu por que conseguiram me enganar, conseguiram se dar bem em cima de mim. Daí passei a ter vergonha de ser quem eu era...
No meu intimo eu continuava sabendo que eu era melhor, mais n tinha mais aquela força para dizer que era, e para agir como tal, todo mundo vinha me humilhava, tirava sarro de mim e eu nada fazia, chegava na minha casa e chorava, chorava a perda do meu orgulho, e da minha infância que não ia voltar mais.
Mas um dia eu enchi o saco de tudo sabe, não ia mais ter vergonha de mim, nem do que eu sentia, ou pensava...
Daí eu me tornei o que sou, uma pessoa rancorosa, crítica e menos hipócrita que as pessoas em geral. Mas ainda me permito ser enganada, me engano dizendo que sou feliz, e faço isso tão bem que começo a acreditar que deveras sou...

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